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Mostrando postagens de setembro, 2011

Lençol

  Beatrice queria se apaixonar porque o amor é assim, é uma questão de querer. Ficava horas isolada ouvindo seus pensamentos, e não precisava muito para convencer seu coração a entrar de encontro com essa querência.    Não era capricho. Só quis amá-lo. Não se importou de sentir-se asfixiada ao lembrar-se do sorriso dele, das mãos que percorriam seu corpo e nem daqueles olhos graúdos que se fechavam quando a beijava à boca.    Gostava do coração batendo, entoando sonetos. Gostava dos olhos cheios de saudade, gostava do cheiro da lembrança que a acalmava, de tê-lo em pensamentos todos os dias ao acordar.    Naqueles abraços ela se encontrava, encontrava cada pedaço que pensava ter perdido em algumas situações.    Queria sentar ao lado dele e contar as coisas que tinha visto, das experiências empíricas e observadas, apresentar-lhe suas teorias, mas a vontade quando estava próxima a ele, ultrapassava o desejo de falar e se contentava muito mais em ouvi-lo, de observa

Do querer

Era feliz no momento em que compartilhava da presença dele, mas se sentia incompleta por não ter lembranças suficiente para deixa-la feliz quando a ausência do rapaz se fazia presente.

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Ele não a procurou... Beatrice sabia o que significava.

Hiding My Heart

"I wish I could lay down beside you When the day is done"

Sobre Saudade, segundo Beatrice

Sabe quando você tem aquela vontade imensa de comer brigadeiro e consegue apenas um? Para aproveitar a oportunidade, delicia-se intensamente a cada pedaço colocado na boca? Só para lembrar do gosto depois? Então, é uma metáfora piegas, brega, mas é a verdade: Ele é meu brigadeiro. Os poucos momentos que passamos juntos fiquei quieta para ouvi-lo, observar todos os movimentos, respiração e trejeitos dele para que tudo isso ficasse claro na minha mente. Não quero perder essas lembranças. Mas hoje, quis que o dia acabasse logo para me livrar dessa saudade toda. Às vezes ela se torna insuportável. Queria sentir as mãos dele mais outra vez na sua cintura.

Confidence

    Abria os olhos quando os primeiros raios de sol rompiam a janela que funcionava como obstáculo. Era um novo dia, mas os sentimentos eram os mesmos. Acordara, mas ficara mais um tempo na cama pensando nele, o velho hábito.   Não importava o que acontecesse, o sorriso ainda aparecia depois de tudo, mesmo quando a saudade latejava no peito. Quase um ano e as lembranças dele ainda permaneciam vívidas.  Considerava a saudade um paradoxo, ao mesmo tempo quer era ruim pois doía e fazia com que os olhos pesassem, trazia de volta o sorriso que aliviava sua alma.  Não era fácil tentar acalmar e manter-se calada sobre tudo o que sentia.   Lembrava de como ele a segurava com firmeza e de como não conseguia controlar seus pensamentos quando isso ocorria, fechava os olhos para tentar amenizar a ausência do rapaz. Em vão.   "Um dia de cada vez."- pensava.
Essa boca que te pediu para ficar, esses olhos que insistem em navegar pelos detalhes do teu corpo. Que outrora, ao ver teu desprezo e descaso, Proferiu palavras de desapego, de lamúrias, de não importar-se mais com você, Que outrora esses velhos olhos voltaram a chorar que compartilharam lágrimas de saudades,  de cólera, de rancor e de amor Te querem de verdade, mas o coração é só medo.