Beatrice queria se apaixonar porque o amor é assim, é uma questão de querer. Ficava horas isolada ouvindo seus pensamentos, e não precisava muito para convencer seu coração a entrar de encontro com essa querência. Não era capricho. Só quis amá-lo. Não se importou de sentir-se asfixiada ao lembrar-se do sorriso dele, das mãos que percorriam seu corpo e nem daqueles olhos graúdos que se fechavam quando a beijava à boca. Gostava do coração batendo, entoando sonetos. Gostava dos olhos cheios de saudade, gostava do cheiro da lembrança que a acalmava, de tê-lo em pensamentos todos os dias ao acordar. Naqueles abraços ela se encontrava, encontrava cada pedaço que pensava ter perdido em algumas situações. Queria sentar ao lado dele e contar as coisas que tinha visto, das experiências empíricas e observadas, apresentar-lhe suas teorias, mas a vontade quando estava próxima a ele, ultrapassava o desejo de falar e se contentava muito mais em ouvi-lo, de observa