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Mostrando postagens de agosto, 2011

Knife

A saudade a deixava confusa. Gostava das lembranças que invadiam cada pedaço de sua mente, mas estranhava aquele vazio no estômago. A memória encharcada de lembranças permitia que relaxasse.  Tomou mais um gole da cerveja, deixou a playlist rolar, fechou os olhos, tentou limpar todas as recordações da cabeça. Tentou. Intento falho: sempre desistia quando lembrava de como se perdeu ao fixar seus olhos nos dele e das palavras ditas antes de ligar o carro e partir. Esboçava assim, um sorriso.  Ainda sentia o peso de coordenar todos aqueles sentimentos. Dizia para si que mudar era bom, mas era complicado lidar com algumas coisas novas. Estava satisfeita. A tarefa tornava-se árdua por vezes.  Segurar as lágrimas não era uma missão fácil. Desistiu e se entregou ao que a consumia. Pensou em escrever. Preferiu descansar a cabeça. Deitou e percebeu que ainda faltava algo, sabia o que era. Suspirou, a insônia ainda a perseguia. Beatrice só queria se livrar daquela saudade toda. Do

Fever

Ardia o corpo inteiro Incendiava seus olhos Afogava a alma Era ardor Era saudade

Blackbird II

"Take these broken wings and learn to fly All your life You were only waiting for this moment to arise."

Conter

Cada dor, cada mágoa, cada sofrimento, cada lágrima derramada... foi esquecida ao mergulhar naqueles olhos. Beatrice o desejava. Desejava receber afago daquelas mãos, o abraço para sentir cada pedaço dele se encaixar com o dela, queria perde-se nele. Como era bom ouvi-lo! Aquilo acalentava toda a ansiedade que o coração sentia. O sorriso era mais franco, espontâneo..todos voltados ao rapaz. Mas a garota não sabia intenções dele. Aliás, pelo último encontro entendera que ele só queria amizade. Segurou as lágrimas. Tempo..

Amar, esperar...

e seguir em frente.

O que restou

Ele veio ao encontro dela. Beatrice nem conseguia acreditar naquilo que seus olhos liam. Amava ficar lendo aquele e-mail por horas e horas. Era um afago no seu coração tão necessitado. Por outro lado, tinha medo. Não sabia o que poderia esperar dele. Outrora entregou o coração e ele o deixou em um caminho incerto. Sem qualquer vestígio de esperança. Lutava todo dia para aprecia a fresta de luz que aquela fechadura a proporcionava. Estava ferida. Arranjou forças. Esteve sempre de pé. Sempre o quis apesar da sua boca dizer não e sua mente a proibir. Agora já sabia, não iria se entregar como antes. Já conhecia o perigo. Amava-o e lia sem parar cada palavra, cada vocativo que a nomeava de amor. Mas a desconfiança sempre vinha em seguida.

Olvido

Beatrice gostava de pensar que tudo o que ele escrevia era para ela. Mas sabia que não era assim. Apenas gostava de se iludir. Só assim não se sentia vazia. Era inteligente, ficar a sós com seus pensamentos a divertia, mas agora eles eram voltados para Vinícius. Esboçava um leve sorriso com amargor de uma saudade que não podia ser expressada. Era inevitável ficar sozinha e não se pegar pensando no primeiro encontro seguido do beijo raptado. Sentia saudade. Não o via fazia um certo tempo. Doía por todo o interior. Os olhos já não eram os mesmos, eram vagos, cheios de lamúrias por não poder tê-lo mais. Ela o amava, mas e ele? Ela percebeu que a reciprocidade não acontecia. Um pássaro negro engaiolado. Baixou a cabeça e as lágrimas pesaram em seus olhos...

Blackbird

 Não tinha uma noite que não se entregasse às lágrimas, que suas reminiscências invadissem seu choro. Ela era uma criança quando o garoto invadia sua cabeça.   Mas sofria tanto.

A espera

 Estavam os dois alí, sós. Então, a menina lembrou do primeiro beijo que foi dado por ele. Algo inusitado, momento ímpar, aquele ósculo surpresa, conquistado. Ele, com todos os trejeitos de menino, em plena madrugada, numa audácia sem outra igual, saiu de sua casa de madrugada apenas para pegar o beijo tão cobiçado no encontro que tinham tido mais cedo. Ela o admirava.   Ouvir a respiração forte dele soava como música para ela. Dois corpos estranhos emaranhados num calor em comum.