Os corpos que iam de encontro um com o outro. Revelando o magnetismo que era disfarçado quando encontravam-se vestidos. Os olhos que se fechavam, os suspiros interompidos por gemidos denunciavam o prazer de estar com ele. E o tempo que voava.
A pele queimava, as mãos e pernas que se entrelaçavam com as dele. O perfume que o suor do sexo oposto exalava. Tudo me fazia querer repetir tal ato. O descompassar dos pensamentos ao contemplar aquela nudez, tocar o que via, senti-lo entre minhas mãos, fazia com que meu pulmão enchesse de ar, expirava e entre perdição e toques, algumas palavras eram soltas vagarosamente, ficavam perdidas e presas entre quatro paredes.
Ele puxava meu cabelo com delicadeza e firmeza. A antítese concreta. O corpo era induzido a dançar pelo silêncio que se fazia presente, que era apenas interrompido por gemidos ou palavras breves. E à meia-luz, como era magnífica! Transformava aquele corpo que estava diante a mim em arte. Encontrava-me admirada com as formas do meu corpo. As curvas pareciam mais agradáveis, o formato parecia mais generoso e menos bruto. Teria como não amá-lo algum dia?
A alma vaga, o corpo não responde, a cabeça tornou-se inútil sem ele. Mas é com essa invalidez que tenho que me acostumar. Uma alma imoral que deseja quem a trata como todas as outras: apenas algo para sanar o seu vício por mulheres. Longe de ser vilão, longe de ser mocinho. Apenas leviano com os sentimentos oferecidos.
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