A felicidade escorreu das mãos de Beatrice como em um rio de correnteza forte. So que dessa vez ela estava em pé, lutando para não ser levada pela tormenta dessas águas. O rosto lavado pelas lágrimas de perdê-lo mais uma vez. Lutava contra o que sentia e sentia-se uma incapaz de ficar por muito tempo do lado da pessoa que amava.
Mas diferente de todas as vezes que amou, essa vez o sentimento era mais brando, consequentemente a dor era mais contida. Isso não significava que por ser assim a latência do pesar era mais amena, ao contrário, doía, mas os gritos ficaram presos e não passavam da garganta. Sufocando assim sua alma. Ainda era capaz de dizer que estava bem. Sabia que ia passar e que quanto mais se importasse com o tempo, mais devagar iria passar.
A calma e a paciência que teve de esperar por ele agora era essencial para sua sobrevivência no caminho solitário que estava prestes a seguir. O que restou foi o amargor da saudade, mas nada de ruim. Lembranças e todo o sentimento que a consolava nesse momento foram resultado dos momentos com Vinicius...
...Ao menos uma parte dela sorria.
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