A saudade a deixava confusa. Gostava das lembranças que invadiam cada pedaço de sua mente, mas estranhava aquele vazio no estômago. A memória encharcada de lembranças permitia que relaxasse. Tomou mais um gole da cerveja, deixou a playlist rolar, fechou os olhos, tentou limpar todas as recordações da cabeça. Tentou. Intento falho: sempre desistia quando lembrava de como se perdeu ao fixar seus olhos nos dele e das palavras ditas antes de ligar o carro e partir. Esboçava assim, um sorriso. Ainda sentia o peso de coordenar todos aqueles sentimentos. Dizia para si que mudar era bom, mas era complicado lidar com algumas coisas novas. Estava satisfeita. A tarefa tornava-se árdua por vezes. Segurar as lágrimas não era uma missão fácil. Desistiu e se entregou ao que a consumia. Pensou em escrever. Preferiu descansar a cabeça. Deitou e percebeu que ainda faltava algo, sabia o que era. Suspirou, a insônia ainda a perseguia. Beatrice só queria se livrar daquela saudade toda. Do
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