02 horas da madrugada, Canadá, em um lugar não muito movimentado, com 6 pessoas. Vento frio. Entre sorrisos, histórias e gente nova, a lembrança dele se fazia presente. Enquanto estive fora do Brasil, tentei sentir o novo, pensar e tomar atitudes diferentes. Só que a cada passo dado lá estava ele.
Durante conversas, sorrisos e tiros ao alvo com bolas de neve, me distanciava por um momento, meus pensamentos vagavam em um plano longíquo dalí. Lógico que os 03 dias que passei alí foram maravilhosos, uma oportunidade ímpar e um grande incentivo para meus planos de uma clínica para autistas. Mas ainda me faltava um pedaço. A saudade da cama dele era maior que qualquer coisa dentro desse espaço de tempo.
Quantos cigarros mentalmente fumei. Bebia para anestesiar a falta que ele me fazia naquele momento. O whisky descera de forma cortante pela minha garganta, como se eu já estivesse engasgada com algo. Botava a culpa naquele vento cortante que emaranhava meu cabelo.
Tentar calar o que sente é o pior. A necessidade de sanar o que estava contendo parecia mil vezes maior. Não que eu sinta algo avassalador. O coração bate de forma mais branda por Vinicius e por isso, fico tão fascinada.
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